
O setor de serviços registrou recuperação em fevereiro, conforme o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global, divulgado nesta terça-feira (5). O indicador atingiu 50,6 pontos, superando o nível de 50 que separa crescimento de retração. Em janeiro, o índice havia caído para 47,6, marcando a primeira contração do setor em 16 meses.
A retomada foi impulsionada por um aumento moderado na demanda, apesar de desafios como o poder de compra reduzido, custos elevados de financiamento e investimentos limitados. A confiança empresarial permaneceu positiva, e o setor registrou o maior crescimento de contratações em nove meses, refletindo otimismo cauteloso.
O volume de novos negócios cresceu, ainda que em ritmo mais lento do que o observado em 2024. Esse movimento levou empresas a expandirem suas equipes, fazendo com que a taxa de crescimento do emprego atingisse o maior patamar desde maio de 2024.
Por outro lado, pressões inflacionárias continuam afetando o setor. Empresas enfrentaram aumento nos custos de alimentos, mão de obra, materiais, transportes e serviços públicos. Como resposta, elevaram os preços dos serviços ao maior nível desde meados de 2022, o que pode ter moderado a demanda dos consumidores.
O segmento de serviços ao consumidor foi o destaque positivo, enquanto o setor de finanças e seguros apresentou retração. Com a recuperação dos serviços e o crescimento da produção industrial em fevereiro, o PMI Composto do Brasil subiu para 51,2, sinalizando uma expansão moderada da economia.
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