Como solicitar o serviço domiciliarTodos os cidadãos que tenham um motivo justificável podem requisitar o atendimento domiciliar para emissão de documento de identidade
Um serviço essencial e acessívelA dona de casa Fernanda Amorim, nora de Cornélio, elogiou o serviço domiciliar de emissão de identidade: “Três dias depois, o pessoal da Polícia Civil já estava lá em casa para emitir o documento”

(Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília)

Atendimento especial da Polícia Civil garante documentação a pessoas acamadas ou com dificuldades de locomoção.

Brasília, 8 de dezembro de 2024 – Após 26 anos sem documento de identificação, Cornélio Rubem da Mata, de 105 anos, voltou a possuir uma identidade. A emissão foi possível graças ao serviço domiciliar do Instituto de Identificação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que atendeu à solicitação da família no município de Sobradinho.


Morador de Brasília desde os anos 1990, Cornélio não havia renovado a identidade por questões burocráticas. A preocupação em obter o documento cresceu após ele adoecer e ficar acamado, explicou sua nora, Fernanda Amorim, de 49 anos: “A gente ficou com medo de complicações legais e administrativas pela falta de documentação.”

O serviço foi solicitado em uma unidade do Na Hora, e em apenas três dias uma equipe da Polícia Civil foi à residência do idoso para realizar o atendimento. O novo documento, no modelo atualizado da Carteira de Identidade Nacional (CIN), traz agora o CPF como único número de identificação e inclui tecnologias avançadas, como QR Code e elementos de segurança contra fraudes.

A Seção de Operações Papiloscópicas Externas (Sope) da PCDF é responsável por garantir o direito à documentação para pessoas hospitalizadas ou com graves problemas de mobilidade. Em 2024, foram emitidas 5.484 identidades por esse serviço, incluindo a de Cornélio.

Segundo Robson Braz, chefe do Sope, o sistema foi aprimorado para maior agilidade: “Fazemos atendimentos domiciliares, hospitalares e em presídios, além de ações de identificação civil.” O serviço tem três equipes operacionais para atender todo o Distrito Federal.

Casos desafiadores não são incomuns. Braz relembra a emissão de um documento para um jovem com autismo severo, realizada no carro da mãe: “O sentimento de gratidão é a recompensa diária do nosso trabalho.”

Para cidadãos que não podem se deslocar, é necessário enviar uma carta ou requerimento ao Instituto de Identificação da PCDF com:Motivo justificável;
Endereço e telefone de contato;
Solicitação ao diretor do Instituto de Identificação.

A entrega pode ser feita em unidades de atendimento ou na sede do Instituto, próximo ao Parque da Cidade.

Em hospitais públicos, a solicitação deve ser feita pelo Serviço Social via Sistema Eletrônico Interno (SEI). Já em hospitais particulares, o pedido requer autorização do hospital para a entrada da equipe de papiloscopistas.

A primeira via da CIN é gratuita e exige:CPF;
Certidão de Nascimento ou Casamento;
Foto atualizada.

A atualização para o novo modelo pode ser feita com a apresentação da identidade antiga. O serviço reforça a acessibilidade e a cidadania ao atender diretamente às necessidades de quem mais precisa.