Foto: Divulgação/Agência Brasil

O Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira, 23, pelo Banco Central, prevê inflação e juros mais altos em 2024 e 2025.

De acordo com a publicação, feita semanalmente a partir da análise de operadores do mercado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 3,73% ante 3,71% na semana anterior.

Para o ano que vem, o Focus estimou a inflação em 3,6%, mais alta que os 3,56% da semana anterior.

O mercado também projeta alta da taxa de juros, representada pela Selic. A projeção é de que o ano se encerre com a taxa em 9,5%, ante a projeção de 9,13% na semana passada.

Já para 2025, a Selic deve fechar em 9%, contra a taxa de 8,5% projetada há uma semana.

O Boletim Focus também projetou o aumento do crescimento da economia para 2024. A taxa estimada é de 2,02%, ante 1,95% na semana passada. Para 2025, a projeção de 2% foi mantida.

A cotação da moeda norte-americana também teve alta. O dólar deve fechar o ano valendo R$ 5, ante a projeção de R$ 4,97 na semana anterior.

Projeção de déficit em conta corrente também aumenta, projeta Focus

No boletim divulgado nesta terça-feira, os economistas do mercado financeiro revisaram a estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2024. A projeção deficitária passou de US$ 32 bilhões para US$ 32,1 bilhões. Já para 2025, a estimativa de déficit passou de US$ 38,9 bilhões para US$ 40 bilhões, ante US$ 35 bilhões há quatro semanas.

Em relação ao superávit da balança comercial em 2024, a projeção passou de US$ 79,75 bilhões para US$ 80 bilhões, contra US$ 81,50 bilhões há um mês. Para 2025, a mediana seguiu em US$ 75 bilhões, de US$ 74,55 bilhões de quatro semanas atrás.

Para os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) é mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes. A mediana das previsões para o IDP em 2024 passou de US$ 67 bilhões para US$ 67,27 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 65,50 bilhões. Para 2025, a estimativa passou de US$ 73,40 bilhões para US$ 73,50 bilhões, ante US$ 73,10 bilhões de um mês antes.