As mulheres que sofrem violência doméstica podem e devem buscar ajuda. Ligue 190!


“A gente sempre fala que a violência doméstica é bem complexa. Porque ela envolve diversos fatores emocionais. Aquela questão da família, a questão de você querer manter aquele relacionamento. O quanto não é tão simples assim o ato de denunciar, querer sair de casa, porque tem outros fatores envolvidos”. A chefe do Centro de Políticas de Segurança Pública da Polícia Militar do DF, Major Isabela, esteve no Programa Rota Atividade e comentou sobre a dificuldade em lidar com os feminicídios do DF, as medidas de segurança da Polícia Militar e aconselhou mulheres em situação de violência.

No Brasil, embora políticas públicas, leis e ações emergenciais tenham sido implementadas, as ocorrências de feminicídio ainda são frequentes. Diante disso, a sensação de impunidade cresce. A Major Isabela, destacou que combater e prevenir o ciclo de violência contra as mulheres é uma das principais metas da Polícia Militar do DF. Além disso, Isabela salientou que, apesar de muitos crimes contra mulheres, as medidas protetivas são essenciais. “Queria ressaltar a importância das mulheres, procurarem o judiciário e procurarem as medidas protetivas. A polícia militar, ela tem ao longo dos anos, aprimorando o seu atendimento em relação a essa temática de violência doméstica e familiar. A gente sabe que é um crime que ele ocorre em sua grande maioria no interior dos lares, no âmbito doméstico, ali no âmbito íntimo, o que dificulta realmente um pouco as ações do estado”, explicou.

Entre as ações estatais para interromper o ciclo da violência estão o apoio social e o acompanhamento aproximando a vítima e o agressor. Quando as mulheres chegam com denúncias não somente ela, mas o suposto agressor também passa por uma reeducação. Seja qual for a violência física, psicológica, material, procure ajudar e denuncie. “A gente ressalta que ele é um atendimento posterior. Então, viu uma emergência de uma situação de flagrante? Liga no 190! Essa é a primeira atitude que qualquer pessoa tem que tomar, tanto a vítima quanto também alguém que presencia”.

Logo após a denúncia, a polícia militar elabora um outro atendimento. Um policiamento especializado, que é o Provid. Um policiamento de prevenção orientado contra a violência doméstica e familiar, contando também com o suporte judicial. O intuito é fazer justamente que o autor do crime não reincida na conduta violenta. “Ele tem que entender que aquilo que ele faz é um crime que aquilo que ele fez, ele vai ter uma responsabilização por aquilo. Então, ele também tem que ser acompanhado”, destacou a chefe do Centro de Segurança da Polícia Militar.

Além disso, Isabela informou que os policiais militares também estão passando por uma capacitação especial, o intuito é obter uma preparação maior para agir em situações de emergência. “No Provide, o nosso policiamento, está com 41 policiais do Distrito Federal fazendo um curso durante todo esse mês de agosto, com atividades teóricas e atividades práticas. Estamos tendo também a possibilidade de receber 5 policiais militares de outros estados. Que vêm aqui também para aprender como é que a gente faz, qual é a dinâmica desse nosso policiamento e trazer a experiência dos estados deles também”.