A solenidade foi proposta pela deputada Arlete Sampaio
A Câmara Legislativa celebrou nesta segunda-feira (8) os 60 anos da regulamentação da psicologia como profissão no Brasil. A solenidade foi proposta pela deputada Arlete Sampaio (PT), que destacou o papel relevante dos profissionais de psicologia nas políticas de saúde mental do país. “Não se pode falar de Centros de Atenção Psicossocial sem que seja destacada a figura do psicólogo. Também na assistência social e na educação esse profissional é fundamental”, afirmou.
A solenidade ficou marcada pelas falas contundentes de vários psicólogos em defesa da democracia brasileira. “Por 21 anos, vivemos sob o jugo da ditadura. Foi um período violento e desumano, como em toda ditadura. A psicologia esteve presente na luta contra a ditadura e na construção da constituinte. Os psicólogos estão comprometidos com a ética, com a democracia e com os direitos humanos”, disse Isabel Augusta Hazin Pires, representante do Conselho Federal de Psicologia.
Rafael Gonçalves, do Conselho Regional de Psicologia do DF, garantiu que “a psicologia não fugirá de seu papel de defensora da democracia”. A diretora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Fabiana Damásio, também foi taxativa quanto ao papel da psicologia no momento político atual. “O propósito da nossa profissão é seguir reafirmando o cuidado com as pessoas em todos os momentos histórico-políticos do Brasil. Temos que enfrentar as desigualdades sociais históricas e afirmar nosso compromisso com a democracia brasileira”, disse.
Para a representante da Federação Nacional dos Psicólogos, Fernanda Magano, o momento que o país atravessa exige uma tomada de posição. “Estamos num momento histórico de decisões em que é premente a necessidade de posicionamento. A psicologia brasileira não foge à luta, está sempre contra os facínoras, contra as desigualdades. Nossos profissionais muitas vezes recebem um baixo salário e não têm as condições ideais de trabalho, mas não deixam de cumprir sua missão”, afirmou.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que também é psicóloga, lembrou que a categoria representa uma “resistência a um processo dramático que o país vem sofrendo, de captura do Estado e até mesmo da captura da realidade por aqueles que não toleram a diversidade de subjetividades”. Ao final da sessão solene, foram entregues moções de louvor para psicólogos que se destacaram na prestação de serviços à sociedade.
Eder Wen - Agência CLDF
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