São 29 parques ecológicos e 13 urbanos, todos com entrada gratuita e abertos diariamente, com atrativos para crianças e adultos.

Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Rosualdo Rodrigues

Com a chegada das férias escolares, pais de crianças e adolescentes procuram diversão para os filhos. Uma boa alternativa são os 42 parques espalhados pelo Distrito Federal, 29 deles ecológicos e 13, urbanos. São parques para todos os gostos e ocasiões.Os parques infantis estão entre os atrativos do Parque da Cidade, o mais urbano do DF | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Se a opção for por um lugar com pistas de ciclismo, corrida e caminhada, parquinhos infantis, quadras poliesportivas, restaurantes e até escola de hipismo, a melhor pedida é o Parque da Cidade, no Plano Piloto, próximo ao Setor Hoteleiro Sul.

Para quem busca um contato maior com a natureza pode encontrar pequenos paraísos ecológicos em plena cidade, como os parques Saburo Onoyama, em Taguatinga, e Ezechias Heringer, no Guará. No Saburo Onoyama as atividades começam às 6h e vão até as 18h; no Ezechias Heringer, das 6h às 22h.
“Uma característica do Distrito Federal é ter esses parques que, apesar de serem unidades de conservação, estão dentro da malha urbana. Isso melhora a vida do brasiliense”João Paulo Alves, agente de Unidade de Conservação do Parque Ezechias Heringer

No parque de Taguatinga, a grande atração para estas férias é a reabertura da piscina. De acordo com o agente de Unidade de Conservação e servidor do Instituto Brasília Ambiental Juliano Souza, quem for ao local pode desfrutar de trilhas, observar nascentes e usar a quadra poliesportiva.

“Agora a atração de fato é a piscina, que atrai entre 1.000 e 1.200 pessoas por final de semana, devendo aumentar o número de visitantes com o início das férias. Esse parque é uma opção de lazer para os moradores da região”, disse Juliano. O agente também destacou como atração as colmeias de abelhas sem ferrão.

Na quinta-feira (7), um grupo de amigos chegou cedo ao Saburo Onoyama e não se intimidou com a água fria devido às baixas temperaturas das manhãs de julho. O atendente de automação, Marcos Paulo Rodrigues, que mora próximo ao parque, disse que vai lá pelo menos dois fins de semana por mês. “É um bom programa e de baixo custo. A natureza e a acessibilidade da piscina são muitas boas”, disse Marcos.Marcos Paulo mora perto do Saburo Onoyama e vai lá pelo menos dois fins de semana por mês: “Um bom programa e de baixo custo”


Do Guará para o Lago Paranoá

E que tal conhecer um parque que tem um córrego que abastece o Lago Paranoá? Para isso basta ir ao Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará. Além do Córrego Guará, que abastece o lago, os visitantes podem conhecer as orquídeas endêmicas e o campo Murundum, um dos biomas do cerrado cuja característica é ter água jorrando durante todo o ano.

O agente de Unidade de Conservação do parque, João Paulo Alves, informa que a unidade possui dois parques infantis, sendo um de areia e outro emborrachado, equipamentos de ginástica e equipe para tirar as dúvidas sobre as questões ambientais. A entrada é franca. Também existem algumas proibições: não é permitido o consumo de bebidas alcoólicas nas dependências do parque e também é vetado o ingresso de animais domésticos.

“Aqui é um lugar muito seguro e bom para ser contemplado. Uma característica do Distrito Federal é ter esses parques que, apesar de serem unidades de conservação, estão dentro da malha urbana. Isso melhora a vida do brasiliense”, disse João Paulo. “Em termos de fauna, esse parque possui cotias, carcarás, capivaras e lobinho”, concluiu.

A professora de educação física Eliane Albuquerque dá aula de ginástica no Ezechias Heringer. “O ambiente é muito bom. Trabalhar aqui é uma alegria. O espaço físico também é privilegiado. O ar fresco e puro traz benefícios aos alunos. Às vezes paramos para contemplar pássaros e observar os miquinhos”, pontuou Eliane.

Outra que gosta de aproveitar o parque é a arquiteta Michele Borges. Ela está aproveitando as férias dos três filhos pequenos para levá-los a lugares abertos. “Aqui eles se sentem livres devido ao contato com a natureza”, frisou.

O parque mais urbano


O Parque da Cidade, o mais central do DF, tem uma área de 420 hectares. A unidade contabiliza uma série de atrativos para todas as idades, como churrasqueiras, quadras para a prática de modalidades esportivas, parques infantis, praças, lagos, Centro Hípico, restaurantes e um extenso Pavilhão de Exposições.A professora de educação física Eliane Albuquerque dá aula de ginástica no Ezechias Heringer: “O ambiente é muito bom. Trabalhar aqui é uma alegria”

De acordo com Carlos Bougleux, administrador do parque, durante a semana a frequência no local varia entre 40 e 60 mil pessoas, passando de 80 para 100 mil nos finais de semana.

A servidora pública Ana Maria Lacerda foi outra que aproveitou para levar os dois filhos e o sobrinho para brincar ao ar livre. Enquanto ela lia um livro, as crianças brincavam no foguetinho do Parque Ana Lídia. “A solução nas férias é trazer todo mundo para brincar no parque. Em casa não dá. Esse parque me encanta. Passei a infância aqui e é uma nostalgia enorme. Vindo para cá, tiro eles da TV, do tablet, é sensacional”, explicou a servidora.

Arte: Agência Brasília