Ivone Duarte, mestre e instrutora da Academia da Polícia Militar do DF, ressaltou a importância dos precursores da luta no DF. Também destacou que a presença feminina nas competições somente começou a partir dos anos 80.
Por iniciativa da deputada Júlia Lucy (União Brasil), a Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou na tarde desta sexta-feira (8) uma sessão solene em homenagem aos praticantes do Jiu-Jitsu. Os participantes rechaçaram a imagem negativa que era associada ao esporte e destacaram a arte marcial é a que mais cresce em todo o mundo.
“O Jiu-Jitsu sempre aparecia de forma negativa na imprensa, com relatos de briga, por isso é importante abrir este espaço para quem realmente pratica o esporte possa falar sobre o que ele impacta na sociedade”, assinalou Júlia Lucy.
A parlamentar defendeu a participação das mulheres no esporte e deu um depoimento pessoal sobre sua própria experiência. Para ela, o esporte é “a melhor maneira de prevenir o adoecimento mental”.
A solenidade contou com a exibição de um vídeo sobre a prática esportiva, retratando como a luta influencia positivamente a vida dos praticantes. No vídeo, atletas falaram sobre medidas que podem melhorar a prática no DF, como por exemplo, maior incentivo, por meio de concessão de bolsas e apoio para professores e academias.
Ivone Duarte, mestre e instrutora da Academia da Polícia Militar do DF, ressaltou a importância dos precursores da luta no DF. Também destacou que a presença feminina somente começou a partir dos anos 80 nas competições. “Jiu-Jitsu é uma ferramenta de educação, de equilíbrio pessoal e de defesa pessoal”, disse ela, que pratica o esporte há 45 anos. A mestre cobrou a inserção da modalidade como política pública.
Já Ulysses da Costa Dias, policial militar e coordenador do programa de desenvolvimento social e esportivo de Brazlândia, afirmou que é possível viver do Jiu-Jitsu em Brasília de diversas formas. Praticante há 20 anos, Dias destacou que o esporte está presente em vários projetos da PM. Para ele, o esporte é importante para a compreensão de hierarquia e papel na sociedade. Por fim, ele sugeriu a difusão do Jiu-Jitsu nas escolas e em outros espaços comunitários.
Fábio Gabriel Freitas, presidente da associação Escola Barreto de Jiu-Jitsu, que iniciou em 1960 as atividades e hoje utiliza o esporte como ferramenta de inclusão social dos jovens, explicou que prática é fundamental na transformação das vidas dos meninos e meninas e de suas famílias. Ele destacou ainda projeto aprovado no Senado que inclui a modalidade na base curricular de todas as escolas, e que agora aguarda aprovação na Câmara dos Deputados.
Marcelo Ataíde Neto, representante da Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu, também enalteceu a participação das mulheres no esporte. Na opinião dele, o esporte transforma vidas e os mestres desenvolvem um importante trabalho social com crianças. Ele sugeriu que a deputada trabalhe para incluir o Jiu-Jitsu como atividade essencial (que não pode ser interrompida), em caso de situação de calamidade.
Luís Cláudio Alves - Agência CLDF
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