O órgão planejou o desenvolvimento de uma prova para avaliar o desempenho dos alunos do DF, tanto em português quanto em matemática.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, acompanhará o início do ano letivo 2022 na Escola Classe 11, de Taguatinga, na manhã da segunda-feira, 14 de novembro. Foto:Vítor Mendonça
Mais de 441 mil alunos retornaram às escolas da rede pública do Distrito nesta segunda-feira (14). Os alunos desde o ensino infantil até o médio voltam com a rotina de cinco horas dentro do ambiente escolar principalmente para reparar possíveis perdas no ensino remoto e híbrido.
Apesar da volta presencial, aqueles imunossuprimidos ou com comorbidades declaradas por laudos médicos poderão assistir às aulas de forma remota, pelo mesmo aplicativo utilizado anteriormente, o Google Classroom. São cerca de 15 mil estudantes nesta situação, cujos pais podem buscar melhores orientações nas escolas matriculadas dos filhos.
Neste início de ano letivo, o foco da Secretaria de Estado de Educação do DF (SEE-DF) é reforçar a alfabetização e a matemática. Conforme explicado pela pasta, o objetivo é diminuir os dados apontados pela pesquisa divulgada pela organização “Todos pela Educação”, que apontou que o número de crianças entre 6 e 7 anos no Brasil que não são alfabetizadas cresceu 66,3% durante a pandemia da covid-19.
O número de matrículas deste ano é cerca de 3% menor que o de 2021, quando 454.668 alunos foram matriculados – em 2020 foram 458.805 inscritos. Também segundo a pasta, são quase 27 mil estudantes que entraram na rede pública de ensino do DF neste ano.
Na manhã desta segunda-feira (14), a secretária da pasta, Hélvia Paranaguá, visitou a Escola Classe 11, de Taguatinga, para acompanhar o primeiro dia letivo em 2022. Ela recepcionou alunos e pais na entrada da unidade, que recebeu mais de 80% dos alunos do matutino. Ao todo, são cerca de 600 crianças desde a educação infantil até o ensino fundamental I na escola, sendo metade em cada turno.
“O sentimento é de felicidade e esperança em ver os nossos alunos retomando as aprendizagens, porque é para isso que estão na escola. Eles vão interagir entre eles, aprender rotinas e principalmente aprender a ler, escrever e compreender o que está lendo, além da matemática. É pra isso que estamos aqui”, disse a secretária.
Para reparar o problema da alfabetização, o órgão planejou o desenvolvimento de uma prova para avaliar o desempenho dos alunos do DF, tanto em português quanto em matemática. A avaliação diagnóstica será aplicada nos dias 15 e 16 de março, com resultados disponíveis possivelmente a partir do dia 18 do mesmo mês. Fevereiro, portanto, será um mês de acolhimento nas escolas.
“É com essa avaliação que teremos um diagnóstico da rede. E ele é que nos levará para as intervenções pedagógicas necessárias. Queremos entrar com elas o mais rápido possível”, destacou a chefe da Educação.
Uso adequado de máscaras
Um dos desafios a serem trabalhados durante o ano letivo será para o uso correto das máscaras, obrigatórias dentro do ambiente escolar, mas que muitos alunos fazem questão de tirá-las, principalmente os adolescentes, segundo ouviu o Jornal de Brasília.
Nesse sentido, as ações da Secretaria serão para a fiscalização e o reforço sobre a importância do uso do item pelos alunos. “Muitos estudantes na faixa de 12 a 18 anos já estão com duas doses na caderneta de vacinação, mas mesmo assim é importante que todos permaneçam de máscaras, para se proteger e proteger o próximo, dentro e fora da escola”, ressaltou Hélvia.
“Mas estamos bastante otimistas. Acho que teremos um ano de grandes novidades na área pedagógica, que é o principal. O mais importante é o conteúdo que vai receber aqui para a vida e ser o protagonista da própria história”, finalizou.
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