Com 605 equipes de Saúde da Família, o DF tem hoje 68,4% do território coberto.
Agência Brasília
Porta de entrada para qualquer tipo de procedimento na rede pública, a Atenção Primária à Saúde (APS) do DF registrou, em 2021, 2.672.795 atendimentos individuais, divididos entre 1.765.000 usuários do sexo feminino e mais de 933 mil do sexo masculino. Ao longo de todo o ano passado, foram mais de 5.284.960 procedimentos na APS, envolvendo 28.860 atividades coletivas, 265.392 visitas domiciliares e 278.395 atendimentos odontológicos.DF tem 176 unidades básicas de saúde, das quais fazem parte equipes de Estratégia Saúde da Família | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde
Por meio das unidades básicas de saúde (UBSs), pelo menos 80% das demandas podem ser resolvidas sem que o paciente tenha que ir até uma emergência hospitalar. Atualmente, o DF possui 605 equipes de Saúde da Família, que, distribuídas entre 176 UBSs existentes, totalizaram a cobertura de 68,4% de todo o território.
Ampliação das equipes
“A APS fortalecida diminui a sobrecarga assistencial nas portas das emergências hospitalares e de unidades de pronto atendimento” José Eudes Barroso, coordenador de Atenção Primária à Saúde
No início de 2021, só havia 484 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) credenciadas pelo Ministério da Saúde. O pedido de ampliação já havia sido feito em 2020, e, por meio da portaria nº 45, de julho de 2021, foi aprovado, permitindo o credenciamento de todas as equipes completas no território do DF.
Até novembro do ano passado, foram credenciadas 594 equipes, que passam a ter previsão de despesa orçamentária pelo Ministério da Saúde com transferência do incentivo financeiro federal. “O aumento gradual de cobertura de equipes na Atenção Primária, somado a equipes completas, propicia à população uma ampla gama de serviços ofertados”, resume o coordenador de Atenção Primária à Saúde, José Eudes Barroso.
As UBSs, lembra o gestor, proporcionam acesso facilitado, organizado e vinculado às equipes de saúde. De acordo com Eudes, sistemas universais de saúde precisam estar baseados na Atenção Primária, sistema que organiza o cuidado de forma territorial.
“Isso possibilita uma abordagem integral à saúde das pessoas, uma maior resolutividades dos agravos de saúde e o encaminhamento criterioso a outros pontos de atenção quando houver indicação”, explica. “A APS fortalecida diminui a sobrecarga assistencial nas portas das emergências hospitalares e de unidades de pronto atendimento.”
Reforço
Além de evitar a fragmentação do cuidado, situação que pode acarretar problemas de saúde, o fortalecimento da APS possibilita maior conforto à população, que pode ser atendida em sua região de moradia por sua equipe de referência. No DF, há 1,68 milhão de pessoas cadastradas na ESF.
Apenas em 2021, foram inauguradas seis novas UBSs – unidades no Jardins Mangueiral, Riacho Fundo II, Paranoá Parque, Sobradinho II, Ceilândia e Planaltina. O investimento totalizou R$ 22,5 milhões.
Para este ano, a meta é atingir 100% de cobertura em áreas de grande vulnerabilidade. José Eudes Barroso pontua que, mesmo com o grande número de unidades, nem toda a população está cadastrada. “Ceilândia, por exemplo, tem 55% do território coberto por equipes de Saúde da Família, mas, se alguém que não estiver cadastrado precisar, na UBS de referência há equipe disponível para atendimento de demanda espontânea”, explica.
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