Unidades de Santa Maria, Gama e Planaltina estão com inscrições abertas até 16 de novembro
Agência Brasília
Durante quase um ano e meio, os centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do Distrito Federal ficaram de portas fechadas, apenas com aulas em formato digital, devido à pandemia. A partir de 23 de novembro, seis das 12 unidades estarão funcionando com 100% da capacidade para atender as populações das regiões administrativas em atividades esportivas gratuitas.A partir de 23 de novembro, seis das 12 unidades vão funcionar com 100% da capacidade para oferecer atividades esportivas gratuitas | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília
“Estamos retomando o esporte com tudo no DF. Temos unidades com lista de espera e abrimos as inscrições para outros três centros olímpicos. Essas matrículas já são para 100% do atendimento presencial”, afirma Giselle Ferreira, secretária de Esporte e Lazer.
“Não tem como explicar, é um sentimento de felicidade total ver o retorno da comunidade. Estamos agora na expectativa para voltar a trabalhar com mais alunos. O prazer é ver esse centro cheio”Erasmo Carlos Lopes, diretor do Centro Olímpico do Recanto das Emas
Desde o fim de agosto, três centros já estavam em funcionamento. As unidades do Recanto das Emas, Brazlândia e Estrutural foram abertas após passarem por manutenções e pequenas reformas. No entanto, o atendimento estava reduzido em 50%. A partir deste mês, os alunos que ficaram na lista de espera começarão a ser chamados.
Com isso, o COP do Recanto das Emas espera atender até 5 mil alunos em novembro de segunda a sábado, divididos em modalidades esportivas como natação, hidroginástica, atletismo, futsal, vôlei, karatê, badminton, escalada, bocha e goalball.
“Não tem como explicar, é um sentimento de felicidade total ver o retorno da comunidade. Estamos agora na expectativa para voltar a trabalhar com mais alunos. O prazer é ver esse centro cheio”, comenta Erasmo Carlos Lopes, diretor do COP do Recanto das Emas.
A jovem Maria Fernanda Cunha, 13 anos, compartilha da sensação de felicidade. Aluna do COP do Recanto das Emas há três anos, ela teve dificuldade para se adaptar às aulas digitais de vôlei. “Eu já não sabia mais fazer manchete. Então foi muito bom poder voltar. Fiquei feliz de poder sair de casa e me exercitar”, afirma.
“Eu sentia falta dos meus amigos, de jogar bola. O esporte é essencial para o desenvolvimento da coragem e do enfrentamento do medo”, diz Douglas Souza, de 14 anos
Douglas Souza, 14 anos, é estudante do COP há 10 anos. Ele começou a praticar esporte no local com apenas 4 anos, quando começou na atividade denominada de desenvolvimento motor. Hoje, ele pratica futsal. Para o aluno, o período de pausa o fez valorizar e dar ainda mais importância ao aprendizado e às amizades dentro do centro olímpico. “Foi bom [voltar]. Eu sentia falta dos meus amigos, de jogar bola. O esporte é essencial para o desenvolvimento da coragem e do enfrentamento do medo”, revela.
Papel do esporte
A secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, destaca que os centros olímpicos e paralímpicos são “programas democráticos” que ajudam a população com acesso ao esporte de forma gratuita. “Acreditamos que o esporte é muito mais do que lazer. Tem o papel de promover a saúde e a inserção social”, acrescenta.
A coordenadora pedagógica do COP do Recanto das Emas, Amanda Santos Brito, lembra que foi preciso ter um olhar diferenciado quando os alunos voltaram, focando não apenas no condicionamento físico, mas nos aspectos psicológicos. “Depois da pandemia, tivemos que prestar atenção ao quesito psicológico dos alunos. É algo que estamos resolvendo aos poucos, porque percebemos a importância do esporte contra problemas como depressão”, avalia.Evelyn Beatriz e o professor Adriano Cardoso, no COP do Recanto das Emas
Outras demandas também passaram a ser atendidas pelos COPs. No Recanto das Emas, Evelyn Beatriz, 9 anos, faz atividades de estimulação global, modalidade destinada a pessoas com deficiência. O objetivo é trabalhar a parte do corpo da menina que ficou paralisada após ser diagnosticada com Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica e sofrer um AVC. “Ela precisou usar cadeira de rodas e fazer reabilitação. Como aqui no COP há um espaço dedicado a pessoas com necessidades especiais, a Evelyn está sendo atendida”, revela o pai da garota, o técnico em informática Arilson Marcos, de 40 anos.
O centro tem sido um espaço acolhedor de convívio social, reabilitação e esperança para a família. “A Evelyn faz a estimulação global, que é uma modalidade em que trabalhamos o lado paralisado dela. Ela já tem conseguido recuperar a força do braço”, diz, todo orgulhoso, o professor Adriano Cardoso da Silva.
Novas vagas
Com a reabertura de mais três unidades, estão abertas novas vagas para a população do DF. Os moradores de Santa Maria, Gama e Planaltina têm de 6 a 16 de novembro para se inscrever nas atividades esportivas dos respectivos centros olímpicos e paralímpicos.
As inscrições são feitas no site do Sistema de Gestão (Sigecop) da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL). Quem não tiver acesso à internet, pode comparecer pessoalmente às unidades para efetuar a inscrição no computador do COP, no período de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.
O candidato poderá concorrer a uma vaga em até três turmas distintas, indicando a ordem de preferência entre as opções realizadas. O resultado final será divulgado em 3 de dezembro. As vagas são gratuitas.
Os centros olímpicos e paralímpicos funcionam às segundas, das 14h às 18h; de terça a sexta, das 6h45 às 21h50; e aos sábados, das 8h às 12h. As atividades são desenvolvidas em três turnos (matutino, vespertino e noturno).
A Secretaria de Esporte e Lazer trabalha para que todas as unidades voltem a operar as atividades presenciais até o início de 2022.
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