Áreas como Gama e Santa Maria têm queda de mais de 96% dos casos registrados, mas ainda é preciso estar atento contra a proliferação dos mosquitos.
Agência Brasília
Com as limpezas de bueiros e melhorias de drenagem em vários pontos do Distrito Federal, água da chuva parada para proliferar os mosquitos Aedes aegypti não tem mais vez. Pelo menos é o que acredita o servidor Clélio Tittonel Martins, de 57 anos, vítima da dengue em 2020 e 2021. Morador do condomínio Recanto Mineiro, em Vicente Pires, ele confia que as obras em sua cidade vão servir para reduzir pontos de água parada.Quando necessário, os agentes da Vigilância Ambiental fazem a aplicação de produtos químicos de maneira estratégica, ao invés do fumacê; a aplicação garante proteção por até 30 dias | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
“As obras são muito importantes, mas as pessoas precisam contribuir, não deixando água parada em suas casas”, disse, ao reforçar a importância de limpar as calhas, deixar vasilhas suspensas e não acumular lixo no quintal.
O plano de combate à dengue no DF ataca as arboviroses – dengue, Zica e chikungunya – em várias frentes. A queda no número de casos de dengue, de acordo com o último boletim epidemiológico, foi de 68% e analisou o período entre 3 de janeiro e 25 de setembro deste ano.
458profissionais da Vigilância Ambiental estão envolvidos diretamente nas ações preventivas contra a dengue
Atualmente, com a infestação de mosquitos reduzida a um indicador abaixo de 1%, a transmissibilidade dos vírus despencou, diminuindo os possíveis atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde e as internações na rede de saúde do DF.
Para dar continuidade à queda nos casos e internações por dengue, a Diretoria de Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde, conta hoje com 458 profissionais envolvidos diretamente nas ações preventivas. O cuidado é considerado o principal meio de combate à dengue.
De acordo com o diretor de Vigilância Ambiental, Jadir Costa Filho, a prevenção é o maior objetivo neste momento. Entre as ações estão orientações educativas aos moradores, como não acumular entulho e dar fim aos pontos em que pode haver acúmulo de água.
Entre as ações preventivas, estão orientações educativas aos moradores, como dar fim aos pontos em que pode haver acúmulo de água | Foto: Divulgação
O último boletim epidemiológico da Vigilância Ambiental acusa que, em 2021, Planaltina foi a única região administrativa a registrar aumento em número de casos prováveis, de 2.363 para 3.054, uma alta de 28,3%.
Por outro lado, as maiores reduções ocorreram no Gama e em Santa Maria, com 96,9% e 96,1%, respectivamente. No geral, o total de casos acumulados deste ano, até o momento, é de 12.439, enquanto no mesmo período do ano passado chegou a 45.100, o que representa uma queda de 73,5%.
Em Planaltina, onde houve maior incidência do número de casos, a cada 15 dias as equipes fazem vistoria em locais como ferros-velhos, quintais ou onde há acúmulo de lixo.
Se necessário, é feita a aplicação de produtos químicos de maneira estratégica: ao invés do fumacê, que é disperso pelo vento, os agentes de vigilância ambiental aplicam um produto líquido capaz de impregnar as superfícies e garantir proteção por até 30 dias.
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