Com o objetivo de fortalecer as articulações para a criação de uma Frente Ampla Progressista a ser criada e composta por mais de dez partidos de esquerda e outras forças progressistas do Distrito Federal para a disputa do GDF em 2022, o Secretário Nacional e Primeiro Secretário do PSB DF, advogado, filosofo e escritor Acilino Ribeiro, em entrevista à imprensa, a vários Blogs de Brasília e a Rádio Comunitária Brasília News, defendeu a realização de uma conferência distrital com a participação igualitária de todos os partidos políticos de esquerda, movimentos sociais e populares e centrais sindicais do DF até o final do ano para começar a construir a unidade das forças progressistas de Brasília.

Acilino Ribeiro disse que a inércia de algumas lideranças políticas do DF que só pensam em candidatura, mas não pensam em soluções para Brasília pode aumentar as dificuldades na construção de uma chapa. Primeiro porque os caciques partidários não têm propostas e nem programas, não querem debater saídas para os problemas, mas somente as vagas majoritárias e afirmou que a esquerda não deve se submeter a esse tipo de debate, quando alguém aparecer e querer debater as vagas de governador, vice e senador. Condenou o que chamou de carreirismo político e disse que “prefiro o trabalho político que a carreira política, por isso devemos defenestrar do poder os carreiristas”.

Acilino disse ainda que é necessário a realização de um seminário para a construção de um Programa de Governo das esquerdas, com os melhores quadros dos partidos progressistas, uma discussão sobre a estratégia política e a tática eleitoral que crie a perspectiva de eleição de um grande número de parlamentares progressistas para a Câmara Federal e a Câmara Legislativa.

Pré-candidato a governador pelos setores populares do PSB ao GDF e considerado uma das principais lideranças da esquerda no Distrito Federal, além de ser um dos poucos líderes da esquerda a conversar com todos os setores, Acilino Ribeiro disse que defenderá dentro de seu partido, o PSB, e da mesma forma os delegados do MPS – Movimento Popular Socialista, seu segmento social no partido, um alinhamento incondicional com as forças de esquerda e progressistas a nível local para uma candidatura única, com o PT, PSOL, PCdoB, PDT, REDE, PV, PCO, PCB, PSTU, UP e ainda ampliando com o Cidadania e o Solidariedade e que apoiará a nível nacional uma aliança com o PT no apoio a candidatura presidencial de Lula da Silva e ainda que defenderá durante a convenção nacional uma verticalização e alinhamento nacional aos estados, pois o partido é nacional e somente assim será um partido forte e ideológico sem fisiologismo. E foi taxativo: “se o PSB deliberar nacionalmente pelo apoio a Lula vou propor a verticalização desse apoio da direção nacional até as direções municipais e quem não cumprir as determinações do partido que saia”. Afirmou ainda que “os candidatos do PSB no país afora devem cumprir as determinações partidárias ou procurar outro partido que aceite o coronelismo e essas posições individuais, pois no PSB não tem espaço para isso, e que Lula é o único candidato em condições de derrotar Bolsonaro e esse é o objetivo do PSB”.

Mais adiante, indagado se o PSB poderia embarcar na proposta da Terceira Via ou apoiar Ciro Gomes disse que “considero a terceira via uma desculpa dos bolsonaristas arrependidos, tipo Sérgio Moro para se juntarem com os neoliberais como Gilberto Kassab e direitistas engomadinhos como Dória e outros que querem derrotar Lula e tem raiva da esquerda, portanto o PSB não irá por essa via, com certeza”, concluiu.

Acilino admitiu ainda na entrevista que tem um grupo de professores e especialistas em diversos assuntos da cidade e lideranças populares de Brasília que estão se reunindo para lhe apresentarem uma proposta de Programa de Governo a qual ele apresentará ao partido quando for registrar a candidatura como subsídio para a ser levado as ruas para assim ser debatido e construído o programa de governo e afirmou que esse programa “Não será um programa meu para o povo, mas o programa do povo para mim como governador executar. O povo não tem que fazer o que os políticos mandam, é o contrário. A sociedade está cansada desse mandonismo dos políticos tradicionais. O programa de governo tem que ser elaborado com ampla participação popular. Não se pode impor soluções sem debate popular e sem participação, ”, afirmou.


No entanto Acilino afirmou mais adiante na entrevista aos Blogs acima que sua pré-candidatura está sendo construída pela base de seu segmento, o Movimento Popular Socialista, até conquistar todo o partido, e não é algo imposto de cima para baixo, nem dentro do partido e muito menos fora dele e que é algo que deve oxigenar o PSB pois surgirão pessoas que lhe apoiarão e outras que a combaterão, e que espera que cada partido de esquerda também lance uma ou duas candidaturas para assim ampliar o debate e facilitar a divulgação das propostas dos partidos de esquerda junto a massa. Que ele não será obstáculos a construção de nenhuma outra pré-candidatura dentro do partido muito menos fora dele, se referindo aos demais partidos de esquerda, mas que só aceitará alianças pela esquerda e com programas de esquerda e os partidos acima citados.

Por Katharina Garcia
AGNOT – 04.09.21 – KG