O resultado foi a proclamação unanime e o lançamento do nome do ex-secretário de Movimentos Sociais e Participação Popular do GDF, na gestão Rollemberg, advogado e professor universitário Acilino Ribeiro.
A
principal causa do lançamento segundo a reportagem apurou é a necessidade de
oxigenar o partido para as eleições de 2022 e começar a debater um Programa de
Governo que venha a unir a esquerda e atrair a população para um projeto de
desenvolvimento econômico e social de ampla participação popular.
Acilino Ribeiro participou da palestra de abertura do encontro onde fez análise da conjuntura local e debateu com os participantes um projeto para o DF, onde defendeu
“em primeiro lugar a valorização e fortalecimento do SUS, através de subprogramas descentralizados e integrados na área de saúde para combater a pandemia e outras necessidades que a população precisa ver atendida; a retomada do crescimento econômico através de programas e projetos de uma economia autogestionária envolvendo o apoio a economia solidária, comunitária, verde, sustentável criativa e de Francisco”, afirmou.
Porem disse que não queria que aquilo fosse entendido apenas como uma proposta para um programa de governo do PSB, mas também como uma contribuição a uma plataforma de luta de uma Frente Ampla Progressista, a qual defende unindo toda a esquerda brasiliense para reconquistar o GDF.
Após
longo debate virtual sobre a política local e as eleições de 2022 os participantes
que entraram noite adentro de segunda para esta terça feira decidiram por fazer
o lançamento da pré-candidatura de Acilino Ribeiro que conta com a simpatia de
diversos membros do PSB DF, de dirigentes nacionais, dos principais segmentos do
partido, e principalmente das bases populares do PSB no DF de quem é muito
próximo.
Localizado
hoje de manhã no interior do Nordeste onde está em tarefa partidária
organizando os congressos do MPS, Acilino Ribeiro disse que já ficou sabendo da
decisão por volta de umas duas horas da manhã quando lhe ligaram e que ponderou
junto aos participantes de que nunca fugiu a uma missão que o partido lhe
entregara e sempre cumpre as mesmas, mas esta precisava pensar e que daria uma
resposta quando voltar a Brasília nesta sexta feira. Mais adiante afirmou que:
“encaro essa decisão como uma missão e
missão é para se cumprir custe o que custar, porem tenho algumas ponderações as
quais falei a todos antes do término da reunião”.
Dentre as ponderações feitas por Acilino estão:
1. Que essa pré-candidatura sirva para oxigenar o PSB do DF e unir o partido em torno de um projeto comum e de união das esquerdas no DF quando então o PSB deve buscar construir uma candidatura que lhe permita sentar a mesa de articulação de igual pra igual com os demais partidos;
2. Que esta candidatura esteja alinhada com as deliberações da direção nacional do PSB num projeto para derrotar Bolsonaro e de união das esquerdas tanto a nível de DF como a nível nacional numa coligação com o PT, o PCdoB, PSOL, REDE, PV, PCB, PCO, PSTU e UP, Solidariedade e Cidadania, além de outros partidos de centro no apoio a uma candidatura de Frente Ampla Progressista, que ele chamou de Frentão contra o Centrão e a nível nacional estejam todos que apoiam essa candidatura também dispostos a apoiar a candidatura Lula para presidente;
3. Que essa
pré-candidatura além de tentar oxigenar e fortalecer o partido no DF sirva na
prática de referência e modelo democrático de construção de outras candidaturas
tanto majoritária como proporcional não só do PSB mas de toda esquerda e que
esteja aberta ao nascimento de outras pré-candidaturas que promovam um debate
fraterno, solidário e propositivo dentro do partido e da esquerda e assim
construa um campo democrático e progressista com todas as forças políticas no
Distrito Federal.
Acilino declarou ainda que aceitará a pré-candidatura e que vai informar hoje sobre a mesma á Comissão Executiva do PSB DF, no entanto afirmou também que acredita que o ex-governador Rodrigo Rollemberg continua a ser o melhor nome para esta tarefa e que o PSB tem um legado a preservar que é exatamente o que foi construído no governo dele, portanto o tem como o melhor nome do partido para disputar o GDF quando o mesmo quiser.
Acilino Ribeiro retorna a Brasília na próxima sexta feira e prometeu dar uma entrevista coletiva na próxima semana após se reunir com seu segmento social dentro do partido, o MPS, apoiadores independentes, como o grupo de blogueiros e midiativistas que iniciaram o movimento em prol de sua pré-candidatura e dirigentes do PSB do DF para assim começar a pré-campanha. E finalizou a conversa com a reportagem dizendo que
“é bom que todos compreendam que essa é apenas uma pré-candidatura e que de dentro do PSB podem surgir outras assim como dentro das forças de esquerda também irão aparecer mais algumas, mas que não serei empecilho nem obstáculo a qualquer outra candidatura. Quero a união destas candidaturas para a restauração da democracia no Brasil e a implantação do Poder Popular e a Democracia Direta no Distrito Federal” concluiu.
Acilino Ribeiro chegou em Brasília pela primeira vez em 1967 onde estudou no
Colégio do Setor Leste, tendo em 1974 ingressado na Faculdade Católica onde foi
estudar Economia e posteriormente se formou em Direito na UDF em 1979.
Participou ativamente do movimento estudantil da época e retornou ao Piauí no
início dos anos 80 após a anistia onde foi eleito Vereador de Teresina
(1982-1992); Secretário Municipal de Ação Comunitária e Assuntos do Interior da
Prefeitura de Teresina (1986-1988); Superintendente do INCRA (1992-1997);
Presidente do Instituto de terras do Piauí / Secretário e Reforma Agrária do
Estado (1998-2002); Subsecretário de Serviço Social 2003 a 2006. Tendo
retornado a Brasília em 2007 quando saiu do PCB e ingressou no PSB.
Acilino é um ex-guerrilheiro sobrevivente da luta
armada contra a ditadura militar. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro
e um combativo líder revolucionário de duas organizações políticas nos anos de
chumbo: o MR8 - Movimento Revolucionário 8 de Outubro, de tendência guevarista,
e do internacionalista MCR – Movimento dos Comitês Revolucionários, de
tendência kadafysta. Ficou conhecido como o lendário Comandante Mercúrio,
atuante e combativo líder da Internacional Revolucionária com sede na Líbia até
o final dos anos de 1980. Hoje é um moderado líder da esquerda brasileira, mas
um dos mais ativos militantes e dirigentes do Partido Socialista Brasileiro,
Secretário Nacional e membro da Executiva Nacional do PSB é Coordenador
Nacional do MPS – Movimento Popular Socialista, principal segmento de massa do
partido e considerado o mais a esquerda. É também Primeiro Secretário da
Executiva do PSB DF.
Advogado de movimentos sociais e
professor universitário, com oito pós-graduações que o fazem especialista em
vários assuntos nas áreas de Geopolítica, Estratégia, Inteligência e Diplomacia
é professor de Economia Política, de Direito Internacional, Relações
Internacionais e de Filosofia Marxista. Tem dez livros publicados nas áreas de
História, Economia, Inteligência, Segurança e Defesa dentre outras. Não gosta
de ser considerado um intelectual. Diz que é um camponês alfabetizado, devido
os mais de dez anos em que passou no campo como advogado dos sem terras e dos sindicatos
de trabalhadores rurais no nordeste do Brasil. Mas é considerado hoje um dos
maiores teóricos da esquerda brasileira.
Acilino Ribeiro foi um dos mais próximos colaboradores da
Senadora Leila Barros, tendo sido seu assessor político por mais de dois anos
no Senado Federal e por quatro anos Subsecretário de Estado dos Movimentos
Sociais e Participação Popular do GDF no Governo Rollemberg, onde se
notabilizou como uma espécie de negociador e bombeiro no governo. Era o homem
que negociava com os movimentos sociais e sindicais e dava ao governo a
necessária tranquilidade para seguir adiante devido a credibilidade e confiança
que as organizações populares tinham nele.
Em Brasília participou da fundação da
UNIPOP – Universidade de Políticas do Movimento Popular e foi seu primeiro
Diretor Geral. Foi Coordenador Nacional do Movimento Democracia Direta e hoje
foca sua atuação como dirigente nacional do Partido Socialista Brasileiro.
AGNOT – Agência de Notícias 3º Mundo – MSF –Mídia Sem Fronteiras: 16/17-08-21;
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