“É urgente uma força tarefa para elaboração de um planejamento integrado entre os municípios, estados, Distrito Federal e governo federal”, afirmou Paula Belmonte.
A Comissão Externa do Coronavírus da Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública na última quinta-feira, 25 de março, para avaliar a situação de estocagem, fornecimento, produção e distribuição de oxigênio. A sessão contou com a participação de parlamentares, representantes do Ministério da Saúde, da indústria e do Ministério Público Federal.
Na avaliação da autora do requerimento para a realização da audiência, deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), é preciso transparência e um plano nacional integrado para que seja possível superar a crise brasileira do novo coronavírus.
“Para solucionar a situação, ficou evidente a necessidade de ter transparência dos dados das ações que o Ministério da Saúde tem feito porque elas não estão sendo refletidas nos municípios. Além disso, é urgente uma força tarefa para elaboração de um planejamento integrado entre os municípios, estados, Distrito Federal e governo federal”, afirmou Paula Belmonte.
Após o colapso de Manaus, o país está passando por uma grande dificuldade distribuição de cilindros e de oxigênio. Na avaliação do secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES) do Ministério da Saúde, Luiz Franco Duarte, esse é o momento de unir os setores público e privado para superar a crise.
Na avaliação do assessor especial da Secretaria Executiva (SE) da pasta, Ridauto Fernandes, o maior gargalo está concentrado nos pequenos hospitais e nas unidades de pronto atendimento.
Ridauto explicou que, para ampliar a oferta, o ministério aposta em concentradores de oxigênio. “São dispositivos do tamanho um ar-condicionado portátil, que funcionam na tomada e que conseguem fornecer oxigênio em casos não muito graves”, afirmou.
Como reforçou a deputada federal, o desabastecimento faz com que as unidades de saúde tenham que fazer verdadeiras ‘gambiarras’ para prestar atendimento. “Nós estamos vendo compartilhamento de bala de oxigênio, gambiarra e muitas vezes o médicos tendo que retardar o uso dos pacientes porque não têm a quantidade adequada para atender, tendo que escolher quem vai usar oxigênio naquele momento”.
A audiência pública teve a participação da subprocuradora e coordenadora do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de COVID19 (GIAC) do MPF, Célia Regina Delgado, e dos deputados federais Carmen Zanotto e Dr. Luizinho Teixeira (PP-RJ)
Assista a audiência na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=ovFuULhfkWU
Agenda Capital
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