As novas unidades têm 1,2 mil metros quadrados – e, quando concluídas, terão capacidade de acolher cerca de 30 mil pessoas por mês (cada uma com cerca de 4,5 mil atendimentos) | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Os trabalhos estão avançados em Ceilândia, Paranoá, Riacho Fundo II e Brazlândia. Investimento é de R$ 35 milhões e gera 1,7 mil empregos.

Quatro das sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em construção pelo Governo do Distrito Federal (GDF) atingiram metade das obras executadas. Em Ceilândia (53%), no Paranoá (52%), no Riacho Fundo II (48%) e Brazlândia (48%) os trabalhos estão avançados. Também estão sendo erguidas unidades no Gama (36%), em Vicente Pires (22%) e Planaltina (18%).

Estas sete novas unidades vão se juntar às seis em funcionamento atualmente, totalizando 13 na capital. As UPAs em construção contam com investimento de R$ 35 milhões e geram 1,7 mil empregos na capital. Vale lembrar que o DF já dispõe de UPAs localizadas no Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Ceilândia, Samambaia, Sobradinho e São Sebastião. Todas com funcionamento 24h.

As novas unidades têm 1,2 mil metros quadrados – e, quando concluídas, terão capacidade de acolher cerca de 30 mil pessoas por mês (cada uma com cerca de 4,5 mil atendimentos). As UPAs serão administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF). Ao todo, o reforço será de 42 leitos de observação, 14 de emergência e sete de isolamento.

As unidades terão área para classificação de risco e primeiro atendimento, consultórios e salas de urgência, de observação e de isolamento. Também haverá uma área destinada a nove poltronas de medicação, reidratação e inalação.

Nas unidades em construção em Ceilândia, Paranoá, Riacho Fundo II e Brazlândia, a obra encontra-se na fase de execução de etapas de arquitetura, urbanismo e instalações especiais, como a de forros e telhados, cercamento, assentamento de pisos e revestimento. Em Vicente Pires e Planaltina, atualmente estão sendo feitas as estruturas de concreto (execução de vigas, pilares e lajes).

“As unidades de Pronto Atendimento são de grande importância para a população das cidades em que se encontram. Elas são parte de um sistema público, gratuito e universal da saúde brasileira. Quando concluídas as novas unidades, o que esperamos fazer ainda no primeiro semestre deste ano, vamos aumentar a capacidade de atendimento à população do Distrito Federal”, afirma o presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva.


261.748 pacientespassaram pela classificação de riscos (triagem) das UPAs de Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho, entre janeiro e outubro de 2020

Mais atendimentos

Os atendimentos médicos nas seis UPAs em funcionamento aumentaram 78% em relação a 2019. No período entre janeiro e outubro de 2020, foram 366.741 mil atendimentos médicos, contra 206 mil no ano retrasado.

Segundo o DataSUS, sistema que reúne dados do Sistema Único de Saúde (SUS), 261.748 pacientes passaram pela classificação de riscos (triagem) das UPAs de Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho, entre janeiro e outubro de 2020.

O aumento no número de atendimentos, segundo o Iges-DF, é consequência de investimentos em estrutura física, recursos humanos, organização dos fluxos de atendimento e gestão de insumos.

Quando devo procurar uma UPA?

Mas, você sabe quando deve procurar uma UPA? Elas são o caminho para atendimento de urgência e emergência em clínica médica, casos de pressão e febre alta, fraturas e cortes e exames como raio-x, eletrocardiograma e demais procedimentos laboratoriais.

Nesses espaços são ofertados serviços de média e alta complexidade, como se fosse o meio-termo entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e os hospitais. O que determina a ordem de atendimento na UPA é a gravidade do risco, e não a ordem de chegada.


Embora atendam a casos de emergência, as UPAs são locais de passagem e observação do paciente em busca de sua estabilização. Quando há necessidade de internação, transfere-se o paciente para um hospital.

Os casos de urgência são aquelas situações que requerem assistência rápida, a fim de evitar complicações e sofrimento, enquanto a emergência serve para contextos de ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, exigindo-se tratamento médico imediato.

Embora atendam a casos de emergência, as UPAs são locais de passagem e observação do paciente em busca de sua estabilização. Quando há necessidade de internação, transfere-se o paciente para um hospital.

Antes de se dirigir a qualquer unidade, o usuário deve saber que é necessário portar um documento com foto para o atendimento. Para o cadastro é recomendável – e em alguns casos obrigatória – a apresentação de comprovante de residência e do Cartão Nacional do SUS. O cartão pode ser obtido na própria unidade de saúde por meio do CPF do paciente.