Intitulada “Não Encosta”, a ação contempla a instalação de painéis nas estações Central, Águas Claras, Praça do Relógio, Ceilândia e Samambaia.
Agência Brasília
A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal lança, nesta sexta-feira (4), mais uma campanha de prevenção ao abuso e à violência sexual no transporte público. Intitulada “Não Encosta”, a ação contempla a instalação de painéis nas estações Central, Águas Claras, Praça do Relógio, Ceilândia e Samambaia, além de adesivos nas paredes laterais internas dos trens. Também serão afixados cartazes nas estações e as peças serão exibidas nas TVs dos trens.
A campanha tem por objetivo a prevenção de casos de abuso, como o que ocorreu recentemente, em 3 de novembro último, quando um usuário foi detido por importunação sexual, depois de se masturbar dentro do trem e de ser agredido por outros passageiros. Também visa incentivar as mulheres, vítimas ou testemunhas, a denunciarem casos de assédio e abuso no transporte público pelos canais oficiais, como o 180 (Central de Atendimento à Mulher), o 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil) e também pelo número da Ouvidoria do Metrô-DF: (61) 9265.1178.
O estímulo à denúncia é um dos itens previstos na Lei nº 6540, que institui a Campanha de Prevenção ao Abuso Sexual e à Violência no Transporte Coletivo Público e Privado, e passou a vigorar neste ano.
Uma das peças da campanha reforça o uso do carro exclusivo para mulheres. Desde 2013, nos horários de pico, e após, 2015, em todo o horário de funcionamento, o Metrô-DF reserva o primeiro carro de todas as composições para o uso exclusivo de mulheres. Desde 2016, também podem ser usados por pessoas com deficiência. Há, no entanto, seguidos episódios de desrespeito à regra.
Apesar do número de denúncias por abuso sexual ser muito baixo, devido aos sentimentos de medo, vergonha e insegurança, é alto o número de reclamações por desrespeito ao carro exclusivo pelos homens. Dados da Ouvidoria do Metrô-DF apontam que as principais reclamações apontadas pelos usuários são de mau uso do sistema por outros passageiros. Em 2019, foram 5.064 manifestações neste sentido, nas quais destaca-se sobretudo a falta de respeito ao carro exclusivo.
Diante dessa realidade, o Metrô-DF tem feito campanhas periódicas, assim como treinamentos aos empregados sobre como prevenir e lidar com comportamentos abusivos no sistema. Na última quinta-feira (3), a Escola Metroferroviária concluiu mais um curso, feito de forma on-line devido à pandemia, desta vez para os gestores. Em parceria com o SEST SENAT, o curso Prevenção ao Abuso e Assédio Sexual, adaptado para o Metrô-DF, será disponibilizado periodicamente no site da Escola Metroferroviária para acesso aos demais empregados.
* Com informações do Metrô-DF
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