Lista chegou a ter em abril e maio de 2019 seis vezes mais pacientes que os 27 registrados atualmente
Agência Brasílía
A Secretaria de Saúde esclarece que o número de pacientes nessa fila oscila diariamente, tendo em vista a alta demanda e os procedimentos para liberação de leitos | Foto: Breno Esaki / Agência Brasília
A Secretaria de Saúde (SES) informou, nesta sexta-feira (27), que houve uma queda significativa no número de pacientes na fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública. O Complexo Regulador de Saúde do Distrito Federal registrou o número de 27 pacientes aguardando uma vaga em UTI na última quinta-feira (26). Em abril e maio do ano passado, por exemplo, este número chegou a mais de 160 pacientes. A Secretaria de Saúde esclarece que o número de pacientes nessa fila oscila diariamente, tendo em vista a alta demanda e os procedimentos para liberação de leitos.
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, atribui essa redução ao bom gerenciamento dos leitos e ao processo de desmobilização, em andamento, dos leitos direcionados exclusivamente para pacientes com Covid-19. Esse processo está sendo feito por conta da queda no número de internações de pacientes com a doença. “Estamos seguindo a orientação do governador Ibaneis para que a fila de espera de UTI seja reduzida e os pacientes possam a ser atendidos em um prazo mais curto de tempo”, completou Okumoto.
O secretário-adjunto de Assistência da SES, Petrus Sanchez, informou que já foram liberados 90 leitos de UTI, nas unidades hospitalares de Santa Maria, Samambaia, Gama e Ceilândia, e que outros 10 leitos começaram a ser liberados, gradativamente, no Hran, na última quinta-feira (26). Ele lembrou que houve uma redução significativa, “graças aos investimentos feitos nesses quase dois anos do atual governo”.
A diretora-geral do Complexo Regulador de Saúde do DF, Joseane Gomes, explica que “em outubro foi iniciado o processo de desmobilização de leitos Covid para atender pacientes com outras patologias, possibilitando distribuir melhor os leitos e garantindo que tanto os pacientes com Covid quanto os demais pudessem ser contemplados”.
Petrus Sanchez destaca que não é possível trabalhar com o número zero na fila de espera por leito de UTI. “Temos que trabalhar para que o paciente seja atendido, da sua solicitação ao seu direcionamento ao leito, no prazo de 24 horas. Sabemos que isso é difícil porque existem leitos que são muito estratégicos e escassos com perfis coronariano (cardíaco), de neuro e trauma, que são específicos do Hospital de Base”, afirma.
A UTI do Hran também começou a atender, gradativamente, enfermidades não Covid. Dez leitos que eram exclusivos para atender pacientes com o novo coronavírus, começaram a ser disponibilizados para receber pacientes de outras patologias. Sanchez lembra que também existe como retaguarda os 80 leitos do Hospital de Campanha da Polícia Militar, que foram todos liberados após vistoria no início do mês, sendo disponibilizados a atender a população nos casos de Covid-19.
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