Coordenadora Nacional do Coletivo de Mulheres do Movimento Popular Socialista – o MPS Feminista -, um ativo partidário que congrega mais de 500 mulheres desse segmento dentro do Partido Socialista Brasileiro, a jornalista Bia Cardoso, paraense radicada em Brasília, e considerada uma das principais líderes populares da ala feminista do PSB a partir do momento em que em menos de um ano organizou o MPS FEMINISTA nos vinte e sete estados do país e juntamente com a Assistente Social Thaisa Dayane, líder rural camponesa, Secretária Geral da CONTAG e também Coordenadora Nacional do Núcleo de Base Camponesa e Comunidades Rurais do MPS conquistaram enormes espaços para as mulheres dentro do segmento e agora estão levando as propostas pelas quais lutaram para todo PSB no Brasil como as Teses do MPS para a Autorreforma do PSB. 

As duas, Bia e Thaisa participaram recentemente com outras mulheres do MPS de um grupo para elaboração e sistematização de teses sobre a Autorreforma do PSB, onde o Partido Socialista Brasileiro vai decidir seus rumos a partir de um grande congresso que o presidente nacional Carlos Siqueira está propondo para 2021. 

Acilino Ribeiro, Secretário Nacional do MPS, divulgou recentemente um documento intitulado “Do partido que temos para o partido que queremos” com vinte (20) propostas de teses a serem debatidas e deliberadas pela base do principal segmento do partido, o Movimento Popular Socialista e sistematizado para ser levado ao Congresso Nacional do MPS e do PSB. 

Segundo informou Bia Cardoso o Movimento Popular Socialista realizou uma Reunião Ampliada do Conselho Político do MPS, onde estiveram presentes os Secretários Estaduais, em número de vinte e sete (27); os coordenadores nacionais de Núcleos de Base num total de dezoito (18) e os membros da Executiva Nacional do segmento. Além desse evento aconteceram vinte e três (23) Plenárias de Base Estaduais, dentre os 27 estados; quatro Plenárias Regionais com os estados do Norte, do Nordeste, do Leste-Centro-Oeste e do Sul-Sudeste, e uma Plenária Nacional, num total de um mil e vinte e oito (1.028) militantes na soma de todos estes eventos entre os meses de agosto e setembro passado onde foram debatidas as propostas de tese para a Autorreforma. 

Thaisa Dayane informou que das vinte teses propostas três dizem diretamente as mulheres e o fortalecimento interno de suas lutas para acabar o machismo estrutural existente dentro do partido e que será superado com uma ampla discussão política e um novo realinhamento ideológico das mulheres socialistas. Dentre as teses que se referem diretamente a questão da mulher estão: a defesa da paridade de gênero dentro do partido, com a divisão em pé de igualdade entre homens e mulheres dos cargos dentro dos diretórios, executivas, conselhos e segmentos, tanto a nível nacional, como estadual e municipal, a transformação da Secretaria Nacional de Mulheres em Vice-Presidencia Nacional dentro do PSB e consequentemente que todas as mulheres do partido, militantes dos outros segmentos, como as mulheres da Juventude, do Sindical, Negritude, Inclusão, LGBT e do Movimento Popular e não apenas do próprio segmento de mulheres participem da luta das mulheres no PSB e façam parte da estrutura de luta das mulheres para assim fortalecer a luta.. 

Bia Cardoso afirmou que “Mulher não é segmento ,e nem é classe (burguesa ou proletária), mulher é gênero humano e portanto muito maior do que os políticos querem fazer parecer, por isso a TESE de transformar a Secretaria Nacional de Mulheres em Vice-Presidencia Nacional de Mulheres do PSB, com a mesma estrutura e logística financeira, porem mudando o status e forma de organização” afirmou. 

Mais adiante segundo Bia Cardoso “considerando a fraca mobilização e a diminuta participação das mulheres nas lutas internas do partido, em razão da proibição estatutária de uma mulher que pertence a um segmento social participe do segmento de mulher, e vice-versa, que a partir de aprovada a TESE, a composição da Vice-Presidencia Nacional das Mulheres e a eleições e ações da mesma se desenvolva com a participação de todas as mulheres do partido, do PSB, que atuarão dentro de todos os demais segmentos sociais e não dentro de um único setor ou de um só segmento, e assim buscar ações integradas e lutas conjuntas na sociedade civil”, E concluiu dizendo: “Temos que inserir de forma conjunta, como PSB o que o MPS faz, inserindo a mulher no conjunto da sociedade civil,, como fazemos atuando na organização e mobilização da Marcha das margaridas, do Grito dos Excluídos, do Fora Bolsonaro, do 08 de março como dia de luta e diversas outras lutas” 

Desta forma o Coletivo de Mulheres do MSP, conforme Thaisa Dayane, “chama todas as mulheres do PSB a debaterem essas três teses e conclama-as a se candidatarem a DELEGADA dentro do PSB nos próximos congressos municipais, estaduais e nacional, como também nos segmentos sociais para em Brasília sermos maioria e disputarmos a hegemonia política do congresso e fazer aprovar nossas teses feministas”. E conclui afirmando que caso isso não aconteça o coronelismo que impera em centenas de cidades no interior do Brasil, associado ao machismo partidário prejudicará o PSB, por isso a necessidade de juntar forças e unir propostas para fazer aprova-las na Autorreforma apresentada pelo presidente Carlos Siqueira. 

Bia Cardoso finalizou afirmando que “conclamamos também as mulheres dos demais segmentos sociais e não apenas as do MPS, mas principalmente as dos diretórios municipais onde o machismo e o coronelismo são hegemônicos a se articularem e debatermos em conjunto essas teses e levarmos adiante esta luta até a vitória. E se necessário formem chapas feministas, com homens que apoiam nossas lutas e disputem o comando partidário em todos os estados brasileiros, elejam delegadas e delegados comprometidos com nossas lutas e marchemos para a vitória”. 

Tanto Bia como Thaisa agradeceram o importante apoio que lhes é dado pelo Secretário Nacional do MPS, Acilino Ribeiro, a quem afirmam ser “um feminista de vanguarda”, como ao presidente nacional Carlos Siqueira pelo incentivo recebido e a atenção dada às questões apresentadas. 

Ambas afirmaram ainda que veem o avanço das teses propostas pelo MPS nos pronunciamento de parlamentares como Alessandro Molon, Tadeu Alencar, Aliél Machado, Camilo Capiberibe, Danilo Cabral dentre outros; em entrevistas e posicionamentos de dirigentes nacionais como Ricardo Coutinho, Alexandre Navarro, João Capiberibe além de outros, e nas ações afirmativas e de defesa da mulher nos governos e atitude de Paulo Câmara, Renato Casagrande e Geraldo Júlio. 

Ao final Thaisa Dayane e Bia Cardoso encerraram a entrevista afirmando que se orgulham das mulheres do PSB e declararam a senadora Leila Barros, DF, a deputada Lídice da Mata, BA, a prefeita de Rio Branco, Socorro Nery, AC, e a Secretária Nacional de Mulheres Dora Pires como símbolos dessa luta em defesa dos direitos da mulher e das conquistas alcançadas. Concluíram. 
MSF – AGNOT – 27/09/20 – AS-PK: 
Por Ângela Salim e Peter Korlov 

                

Bia Cardoso e Thaisa Dayane do PSB / MPS         Acilino Ribeiro – Secretário Nacional do MPS   

            

Bia Cardoso em manifestação em defesa da mulher e Thaisa Dayane na Marcha das Margaridas 


            




Bia e Thaisa com a Secretária de Mulheres do PSB Dora Pires 

              

Senadora Leila Barros e Deputada Lídice da Matta consideradas referencia de luta pelas mulheres do PSB 



Prefeita Socorro Neri, de Rio Branco com a militância do MPS no Acre considerada símbolo da mulher administradora; 
Campanha do Movimento Popular Socialista contra a violência machista e policial e em defesa da mulher.