Formigas saúvas colocam sob aparente risco de explosão a Escola Classe 13, na EQNM 24/26 de Ceilândia Norte. A preocupação maior é com os quadros de gás de cozinha, que apresentam rachaduras, possivelmente causadas pela infestação. Em Taguatinga, na Escola Classe 59, a preocupação é com ratos, que, inclusive, podem ter contaminado uma professora.
No colégio de Ceilândia, os insetos construíram ninhos nos bueiros e também ao redor da escola. A última reforma foi feita há 18 anos. Enquanto esteve no local, a equipe doJBr. constatou um forte odor, característico de gás.
Estudam ali 475 crianças de quatro a dez anos do 1º período ao 5º ano. Segundo o supervisor Gabriel Souto, o formigueiro cresceu e ele mesmo teria aplicado veneno, mas de nada adiantou. Os insetos têm aproximadamente um centímetro e meio.
Ele relata que as crianças não sofreram com picadas ou problemas relacionados porque as formigas só costumam sair à noite: “O medo é por conta das rachaduras próximas ao quadro de gás, o problema é mesmo estrutural. Esta semana, as mangueiras gastas foram trocadas, mas as rachaduras continuam”.
Além do problema com as formigas, há a precariedade da cantina da escola, que funciona de forma improvisada e foi até notificada pela Vigilância Sanitária. Falta desde o mais simples, como escorredores de prato e exaustores, e a única geladeira não refrigera os alimentos.
“Em vez de notificar a escola, deveriam notificar diretamente a Secretaria de Educação, para ver se fazem alguma coisa. Nunca liberam verba. Temos medo de que cause algo pior, não podemos esperar por uma explosão para resolver. Necessitamos de reforma ”, diz Souto.
Na EC 59, não houve aula ontem para que ocorresse uma faxina geral na tentativa de espantar os ratos. A Secretaria de Educação informou que providencia uma reforma, ainda sem data, e pediu a desratização à Vigilância Ambiental.
Versão oficial
Por telefone, o coordenador da Regional de Ensino de Ceilândia, Marco Antônio de Souza, afirmou que as rachaduras citadas não estão localizadas na instalação de gás, mas entre a parede da escola e o abrigo da instalação e que não oferece risco de explosão.
Segundo ele, a licitação da reforma geral da escola já foi liberada e aguarda prazo da Secretaria de Educação para o início das obras, mas que, até o fim da semana, alguns dos problemas pontuais serão resolvidos, como as rachaduras e os reparos emergenciais da cantina.
Ainda segundo Souza, hoje, será encaminhada uma equipe, acompanhada de um especialista, até o local para avaliar a área e indicar qual o melhor procedimento a ser tomado em relação às formigas.
Roedor na enfermaria do Hran
Um vídeo mostra a presença de ratos passeando entre as macas da enfermaria do 5º andar do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Nas imagens, disponíveis no site do JBr., é possível ver o cinegrafista amador com as pernas suspensas para se proteger do roedor. O caso ocorreu uma semana após o Hospital de Taguatinga ter as alas fechadas por infestação de pulgas.
Leia mais: Vídeo mostra a presença de ratos na enfermaria do Hospital Regional da Asa Norte
Em nota, a direção do Hran informou que desratizações são feitas peridocamente na unidade. "A primeira deste ano foi realizada em janeiro, e uma segunda, na última quinta-feira, do 2º ao 7º andar, no subsolo, nos elevadores, na área externa do hospital e no espaço onde ficam as barracas de venda de alimentos", relatou.
Ainda de acordo com o Hran, a empresa responsável pelo serviço respeita o intervalo determinado pelo fabricante do pesticida e cumpre as normas técnicas de segurança para evitar risco de intoxicação.
Saiba mais
As formigas saúvas estão presentes em praticamente todo o continente americano.
Elas formam uma sociedade composta basicamente por fêmeas, pois os machos têm apenas a função de acasalar e morrem logo em seguida.
Depois de acasalar, a rainha perde suas asas, volta para a terra e cava um buraco onde dá início a novos formigueiros. É ela quem produz o fungo que serve de alimento a todas as operárias do ninho ao longo de toda a sua vida, de cerca de 15 anos. Quando ela morre, acaba a colônia.
O clima e a umidade favorecem a proliferação. Os formigueiros construídos pelas saúvas podem chegar a cinco metros de profundidade.
Cada sauveiro adulto mede de 50 a 300 metros quadrados. Devido à profundidade e ao tamanho, há risco de acidentes, dependendo do terreno onde está o formigueiro.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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