Sara Oliveira
Você já sabe o que fazer para poupar: economizar um pouco todo mês, gastar menos do que ganha, investir o dinheiro, etc. Mas já parou para pensar quais são os hábitos comuns (e evitáveis) que contribuem para que o seu dinheiro escorra feito água pelo ralo? Então, confira algumas dicas simples e aprenda o que fazer para não deixar que eles se tornem verdadeiros sabotadores do seu sucesso financeiro.
Não controlar os próprios gastos
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) mostrou que 37% das famílias brasileiras têm dificuldades de pagar todas as despesas mensais. As dívidas, muitas vezes, não têm a ver com a quantidade da renda, mas com a organização financeira. Segundo o levantamento, os brasileiros gastam quase R$ 1 mil por mês a mais do que ganham. Por isso, é importante estabelecer prioridades e cortar os supérfluos que pesam no bolso. Saiba o quanto ganha e qual seu custo com despesas. Calcule o saldo e acompanhe sempre seus gastos
Usar cheque especial
Por ser uma opção fácil de crédito, acaba sendo bastante usada por quem esgotou o salário antes do final do mês. A questão é que, em vez de ser uma solução, ele pode ser um problema para quem está no vermelho. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) recomenda cautela antes de usá-lo, pois ele traz altos riscos de endividamento. A taxa de juros é a segunda mais alta do mercado e perde apenas para o cartão de crédito. Então, use-o apenas em último caso ou em curto prazo
Gastar por impulso
Um estudo realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostrou que 85% dos brasileiros fazem compras por impulso e que a ansiedade e a insatisfação com a própria aparência são os motivos que mais levam os brasileiros a gastar de forma descontrolada. A questão é que o consumo impulsivo não é capaz de resolver as questões de autoestima, mas pode causar um novo problema: o financeiro. Por isso, pense bem antes de descontar tristezas e insatisfações em compras. Evite ir ao shopping em momentos de estresse
Ter muitos cartões de crédito
O cartão é como um “dinheiro de plástico” e facilita a vida de quem não quer andar com grande quantia na carteira. Por outro lado, pode ser um vilão quando usado de forma desordenada. A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada em janeiro de 2015, mostrou que o cartão de crédito é o principal tipo de dívida para 71,4% das famílias endividadas. Se utilizar um cartão já exige cuidados, imagine ter dois ou três? Escolha apenas um, dentre as opções que existem no mercado, e faça o uso consciente. Opte por um cartão que não tenha anuidade e peça um limite inferior a 50% da sua receita líquida, para não gastar além do que pode pagar
Pagar o valor mínimo da fatura do cartão de crédito
Muitos pensam que o pagamento mínimo é um parcelamento. Nada disso. Ele é um financiamento da dívida. Verdadeira bola de neve, a fatura virá muito maior no mês seguinte, pois o valor será somado aos juros e aos encargos pelo atraso no pagamento total. O que fazer? Só faça compras parceladas se tiver o dinheiro necessário para pagar essas parcelas todos os meses. Escolha uma data de vencimento próxima ao dia do recebimento do seu salário e reserve um valor do seu orçamento para quitar o valor total da fatura.
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