Augusto Cantanhede
O ano de 2014 está terminando e um novo ano se aproxima. É normal que, nessa época, as pessoas comecem a projetar metas e a retomar o desejo de conquistar a casa própria, o carro novo ou fazer aquela viagem tão sonhada. Entretanto, a maioria das pessoas desanima com o passar dos meses e, quando chega outro Réveillon, projeta os mesmos sonhos e o ciclo se repete. Quando perguntadas por que não conseguiram, muitas colocam a culpa em diversos fatores, mas a verdade é que faltou organização, dedicação à meta e controle dos gastos.
Para o economista Yuri Amadei, os sonhos de consumo devem ser planejados. “Os sonhos de consumo das pessoas são basicamente os mesmos: viagens, imóveis, veículos e objetos pessoais, como roupas e joias. Minha dica é simples: planeje a compra, observando seu saldo disponível, e leve em conta o tempo que deseja esperar para alcançar aquele bem. Atualmente, quase tudo pode ser comprado de forma parcelada. Então, nenhum desses sonhos é impossível. Mas, no caso de bens duráveis, como carros e imóveis, o mais recomendado é investir uma quantia todo mês durante um período de tempo. Normalmente, cinco a dez anos de investimento é o suficiente”, calcula Amadei.
Aplicar para render
Dinheiro parado não rende, pois a inflação corrói o poder de compra do dinheiro que não está aplicado. Portanto, você deve investir o seu dinheiro para que ele possa render juros e, quando você precisar utilizá-lo, ter mais do que quando depositou. Amadei recomenda investimentos que possuam baixo risco e liquidez garantida. “Não recomendo a poupança de forma alguma.
O rendimento que a poupança gera é inferior ao da inflação, portanto, não adiantará nada deixar o dinheiro neste tipo de aplicação. As compras realizadas no curto prazo, geralmente, podem ser feitas com o cartão de crédito, mas se a pessoa quer fazer uma reserva para pagá-las à vista e talvez conseguir algum desconto, o melhor investimento são aplicações de renda fixa, como o CDB”, aconselha o consultor.
Fugir do imediatismo que a publicidade tenta nos impor é fundamental para quem deseja realizar seus sonhos. Escolher objetivos que sejam condizentes com o padrão de vida que atualmente você possui, pesquisar o valor em várias lojas, manter-se focado e persistir no controle orçamentário são as dicas para quem deseja concretizar todos os sonhos.
Para entender melhor o CDB
O que é: os CDBs são Certificados de Depósito Bancário. Eles funcionam como um “empréstimo” que você faz ao banco. são oferecidos em duas modalidades: CDB pre-fixado, no qual o consumidor já sabe quanto vai receber na data de vencimento do título; e CDB pós-fixado, no qual o rendimento vai depender da variação da taxa de juros e da inflação entre o dia da aplicação e o do resgate.
Qual é o risco? Baixíssimo. Se o banco falir, o governo garante a devolução de até R$ 250 mil.
Quanto é pago de imposto? O Imposto de Renda é cobrado apenas sobre o rendimento. Você irá pagá-lo no vencimento do título ou no momento em que decidir resgatar o valor investido. Se você aplicou R$ 1.000,00 e vai resgatar R$ 1.100,00, o imposto vai incidir sobre os R$ 100,00 do rendimento. Há, ainda, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre resgates efetuados em prazos inferiores a 30 dias, que será de no máximo 1,5% ao dia.
Como aplicar? Você deve ter uma conta-corrente em um banco. É possível aplicar até mesmo de casa, por meio da internet. Em média, o valor mínimo a ser aplicado é de R$ 100,00. Um bom prazo de aplicação, que garante um bom rendimento, é de dois anos.
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